POESIA PRETA
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POESIA PRETA
Há seis edições, a FLUP Pensa vem se destacando como uma plataforma de revelação de jovens talentos, como Ana Paula Lisboa, Yasmin Thayná e o fenômeno Geovani Martins. Agora ela oferecerá um processo de formação na área de poesia falada, que contará com os maiores representantes do spoken word negro nacional.

Chamado Poesia Preta, o ciclo oferecerá uma formação para 25 poetas, preferencialmente negros e ligados à cena do slam, mas não obrigatoriamente. Os selecionados participarão de palestras com os nomes mais importantes do spoken word negro, em um ciclo de 12 palestras que será aberto no dia 26 de maio por Allan da Rosa e terminará com Gog no dia 28 de agosto. A cada quatro encontros, os participantes se enfrentarão no Slam Pequena África.

Poesia Preta tem como objetivo incentivar a produção de poemas e performances potentes e criativas, ampliando o repertório da jovem e crescente  cena do slam carioca. Quem se sair melhor no processo publicará um livro solo com o selo FLUP, participará de uma mesa na FLUP com um poeta de projeção internacional e representará o Rio de Janeiro na versão nacional do Rio Poetry Slam.

Por que Poesia Preta
A sétima edição da FLUP acontecerá de 6 a 11 de novembro, no Cais do Valongo. Ainda que todas as edições de nossa festa literária tenham dado um protagonismo ao negro inédito na história das festas literárias brasileiras, o deslocamento das favelas para o Cais do Valongo implica necessariamente uma radicalização em nossa proposta curatorial. Só faz sentido produzir um evento na chamada Pequena África se ele vier acompanhado de um real desejo de conhecer e visibilizar as narrativas que os negros fizeram do Rio de Janeiro, do Brasil, do mundo.

Todos os processos formativos do ano (serão vários) acontecerão nesse híbrido território no qual se definiu a carioquice, ao mesmo tempo centro e periferia, ao mesmo tempo tão longe e tão perto. Nossa principal base até novembro será o Museu do Amanhã, mas ocuparemos todos os equipamentos culturais existentes na chamada Pequena África, essa região da cidade que tem como epicentro a Praça Onze. A homenagem que faremos aos 80 anos de Martinho da Vila, por exemplo, terá como base o Centro Cultural José Bonifácio, na Gamboa.

A curadoria do ciclo Poesia Preta só convidou poetas inequivocamente negros, para usar a expressão consagrada pelo escritor cubano Carlos Moore. As honrosas exceções ficam para Sérgio Vaz e Emerson Alcaide, que, como diria a curadora Roberta Estrela D'Alva, também não são brancos. Além disso, ambos criaram plataformas por intermédio das quais a poesia negra jamais teve na história da literatura brasileira. Precisamos todos aprender suas metodologias.
 
Nosso investimento na poesia oral se dá pelo fato de esse ser o gênero literário em que as pessoas negras mais se destacam - e não somente no Brasil, como bem o prova a obra do genial Mário Lúcio, artista multimídia do Cabo Verde que estará conosco no sábado 2 de junho. Criemos ágoras para que nossos griots não parem de se reproduzir.
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