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Mesmo sendo uma doença prevenível por vacina, a pneumonia é uma das doenças que mais matam crianças menores de 5 anos no mundo todo! Ela ocorre quando um agente infeccioso entra no pulmão e atinge os alvéolos pulmonares, onde ocorre a troca gasosa.
Como a maior parte das doenças respiratórias, sua transmissão ocorre em locais fechados e com grande aglomeração, ou através de espirros, tosse ou compartilhamento de objetos pessoais, como talheres e copos. Mudanças bruscas na temperatura ou na umidade do ar podem desencadear a doença, assim como o fumo e as bebidas alcoólicas são fatores de risco.
Tipos de pneumonia
A pneumonia é uma doença que pode ser causada por diversos agentes diferentes, como:
- Vírus
- Fungos
- Bactérias
- Agentes químicos
Cada tipo de pneumonia possui recomendações e prevenções diferentes. A pneumonia fúngica é a mais rara de todas, porém mais agressiva. Contra ela não há vacina, mas ela ocorre mais comumente em pacientes imunodeprimidos ou com doenças crônicas.
Já a pneumonia química pode ser considerada um “subtipo” de pneumonia bacteriana, uma vez que ela ocorre quando o paciente inala algum componente químico tóxico, como fumaça ou agrotóxicos, o que inflama a região dos pulmões e facilita o aparecimento de bactérias que atingem os alvéolos.
A seguir, conheça as principais vacinas que previnem a pneumonia e seus vários tipos
Vacina contra gripe (Influenza)
Apesar da pneumonia viral não ser a mais comum, o vírus da gripe costuma ser o principal responsável por esse tipo específico de pneumonia. Em estágio avançado e sem tratamento adequado, a gripe pode evoluir e o vírus atacar a região dos alvéolos pulmonares.
Por ser um vírus altamente mutável, a vacina contra a gripe (Influenza) deve ser tomada pela primeira vez aos 6 meses de idade e sempre na primo-vacinação, em duas doses com intervalo de um mês se realizada até 8 anos e 11 meses de vida. Depois disso, é necessário tomar a vacina uma vez por ano.
Vacina Haemophilus influenzae tipo b
A pneumonia causada por bactérias é a mais comum no Brasil. De forma geral, existem quatro bactérias que normalmente estão associadas à doença:
- Streptococcus pneumoniae (pneumococo)
- Staphylococcus aureus
- Haemophilus influenzae
- Klebsiella pneumoniae
O Haemophilus influenzae do tipo B é uma das duas bactérias contra as quais existem vacinas.
O Programa Nacional de Imunizações (PNI) recomenda e disponibiliza a vacina Haemophilus influenzae tipo b em três doses: aos 2, 4 e 6 meses de idade. As sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam uma quarta dose entre 12 e 18 meses, em especial para crianças vacinadas com a vacina DTPa.
Para crianças com mais de 5 anos, adolescentes e adultos não vacinados e com doenças com risco aumentado para desenvolver doença pelo Haemophilus, recomenda-se duas doses com intervalo de dois meses.
O pneumococo é a bactéria mais associada aos casos de pneumonia que levam à morte. As vacinas que combatem o pneumococo, conhecidas como pneumocócicas, não apenas combatem à pneumonia, mas outras doenças graves causadas pela bactéria, como meningite e otite. No Brasil, existem três vacinas pneumocócicas:
VPC10
A vacina pneumocócica conjugada 10-valente (VPC-10) protege contra 10 sorotipos de pneumococo. Ela é usada na vacinação infantil em postos de saúde do sistema público.
O sistema público de saúde oferece apenas duas doses da VPC10, aos 2 e 4 meses, além de um reforço aos 12 meses.
VPC13
A vacina pneumocócica conjugada 13-valente, em específico, previne cerca de 90% das doenças graves causadas por 13 sorotipos da bactéria. Ela é usada principalmente na vacinação infantil, sendo indicada para crianças entre 2 meses e 6 anos. É ela que “introduz” a proteção contra a bactéria ao corpo, e segue sendo recomendada para a vacinação de adolescentes, adultos e idosos sem histórico de vacinação ou com imunização incompleta.
A vacina é recomendada para bebês em quatro doses: aos 2, 4 e 6 meses de vida, com reforço entre 12 e 15 meses. Para crianças entre 1 e 2 anos não vacinadas anteriormente, são recomendadas duas doses com intervalo de dois meses. Já para crianças maiores de 2 anos, adolescentes e adultos não vacinados anteriormente ou com histórico incompleto, é indicado apenas uma dose.
VPP23
A vacina pneumocócica polissacarídea 23-valente atua como um complemento à VPC13, aumentando a gama de sorotipos de pneumococo que ela protege de 13 para 23. Ela atua como um “super reforço” à VPC-13 para idosos e crianças acima de 2 anos, adolescentes e adultos imunodeprimidos (que possuem diabetes, doenças cardíacas e respiratórias graves; sem baço ou com o funcionamento comprometido desse órgão; com problemas de imunidade, etc).
Idealmente, deve-se iniciar o esquema com a aplicação de vacina pneumocócica conjugada (VPC13) e aplicar uma dose da VPP23 seis a doze meses depois da dose da vacina conjugada, e outra dose de reforço cinco anos após a primeira dose de VPP23. Na maioria das vezes não se recomenda aplicar mais de duas doses de VPP23.
Tanto a VPC13 quanto a VPP23 estão disponíveis apenas em clínicas particulares de vacinação, como a Imunocamp. Procure-nos e proteja-se!
Fontes: Ministério da Saúde, Portal Minha Vida e Portal Família SBIm.
