Economia

Os navios também morrem de covid-19

11 abril 2021 18:14

Jaime Figueiredo

Jaime Figueiredo

infografia

Jornalista/Coordenador-Geral de Infografia

Em 2020 foram abatidos 630 navios. A Turquia foi quem mais lucrou com o impacto da pandemia nos cruzeiros

11 abril 2021 18:14

Jaime Figueiredo

Jaime Figueiredo

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Jornalista/Coordenador-Geral de Infografia

A indústria de cruzeiros navegava de vento em popa, estava forte e recomendava-se. Em 2019, transportou cerca de 30 milhões de passageiros. Era uma indústria que movimentava €130 mil milhões e que empregava mais de um milhão de pessoas. Nada parecia capaz de afetar a sua atividade, quando uma tempestade se abateu sobre o sector. No início de 2020, a pandemia de covid-19 obrigou o mundo a parar e os navios de cruzeiro desapareceram lentamente dos oceanos.

Dizer que 2020 foi um ano mau seria um eufemismo. Os navios foram imobilizados, mas as companhias tiveram enormes despesas para cumprir as suas obrigações. A mais atingida foi a Carnival Corporation, a maior empresa de cruzeiros do mundo, que teve um prejuízo de €8,4 mil milhões, uma média de €28,1 milhões por dia. Para eliminar custos, a Carnival anunciou em 2020 que pelo menos 13 navios das suas várias marcas seriam vendidos ou reciclados. Ainda mal tinha começado 2021 quando a Carnival veio dizer que afinal mandaria abater 19 paquetes.