Antes, crianças e adolescentes com até 16 anos de idade que mantinham mais de 90% de frequência nas aulas tinham direito a receber 2 kg de leite em pó por mês. De acordo com as novas regras, crianças com mais de 6 anos não vão mais receber o leite. Crianças com até 1 ano de idade e com famílias que têm renda mensal de até pouco mais de R$ 2.800, registradas no cadastro único de programas sociais, passam a receber 1,2 kg de leite, e aquelas com idade entre 1 e 6 anos recebem 1 kg.

O número de beneficiários do programa caiu de 916 mil alunos para 431 mil. Em contrapartida, a Prefeitura afirma que incluiu no programa crianças de baixa renda que não estão matriculadas na rede municipal.

Em entrevista, o secretário de Educação disse que as mudanças foram discutidas com médicos e nutricionistas. "Aquilo que hoje as crianças têm nas nossas escolas e creches, que são cinco refeições por dia durante 10 horas, é suficiente para a nutrição da criança. A merenda na Prefeitura tem uma qualidade extraordinária. E o leite pode ser complementar no final de semana", afirmou Alexandre Schneider em entrevista ao SPTV em janeiro.

Especialistas em nutrição explicam que o leite é um alimento muito completo, rico em proteínas e, principalmente, cálcio, que é fundamental para crianças e adolescentes em fase de crescimento dos ossos e dentes.

Nas creches da Prefeitura, os bebês com menos de 1 ano recebem o leite integral quatro vezes por dia. A partir de 1 ano de idade, são duas vezes por dia, no café da manhã e no lanche. Já no cardápio das escolas de educação infantil e de ensino fundamental, tem leite uma vez por dia, no lanche.

A Secretaria Municipal de Educação disse em nota que a alimentação de um adolescente não deve se restringir ao leite, e que o cardápio da merenda é variado com vegetais, aveia e sardinha, que também são fontes de cálcio.