A implantação do projeto Sistemas de Comunidade Portuária (Port Community Systems ou PCS, no original em inglês), que prevê reduzir em até 40% a quantidade de etapas necessárias para uma operação no Porto de Santos, está ameaçada. O motivo é um corte de verbas do governo britânico a projetos internacionais. Com isso, as discussões estão suspensas desde o mês passado.
Porém, diante dos impactos da pandemia de covid-19, o governo britânico decidiu cortar verbas para projetos internacionais. Segundo a imprensa internacional, cerca de £ 4 bilhões deixarão de ser investidos, o que gerou críticas porque projetos assistenciais também foram vetados. “A Inglaterra vem diminuindo o montante e o escopo das verbas de assistência que disponibilizam mundo afora. Isso tem gerado críticas e traz reflexos em diversos projetos e o PCS é um deles”, explicou D’Antonna.
Segundo o executivo, houve uma interrupção das atividades do projeto no mês passado. Isto porque a Procomex, que atuava nos trabalhos, deveria ter tido o contrato renovado, o que não aconteceu.
A primeira etapa dos estudos foi concluída no mês passado. Nela, foram identificados os processos mais relevantes nas operações de comércio exterior no Porto de Santos e como eles podem ser melhorados. Foi avaliada a entrada e saída de embarcações e a interlocução dos diversos órgãos envolvidos, entre eles, a Autoridade Portuária de Santos (APS), a Praticagem de São Paulo e os rebocadores que atuam no cais santista.
Foram mapeadas cerca de 400 atividades. Em cada uma delas, se identificava como era feito o processo e se havia alguma forma mais eficiente de fazê-lo, integrando sistemas.
Segundo D’Antonna, neste mês, o PCS entraria em uma nova fase. A ideia era fazer uma medição da redução dos tempos operacionais a partir da otimização dos processos. E como no setor portuário, tempo é dinheiro, também seria calculada a economia que essas mudanças deverão gerar.