Operação flagra 22 navios com porões abertos no Porto de Santos

Fiscalização terminou nesta quinta-feira (29) e, agora, embarcações serão investigadas

Por: Fernanda Balbino  -  29/04/21  -  20:38
  Operação no terminal portuário santista durou três dias
Operação no terminal portuário santista durou três dias   Foto: Divulgação/Ibama

Terminou nesta quinta-feira (29) a quarta ação de fiscalização da Operação Descartes no Porto de Santos. Desde de terça-feira (26), diversas autoridades vistoriaram embarcações atracadas e fundeadas no cais santista. Ontem, 22 navios foram flagrados com porões abertos e serão investigados. Há ainda outros dois casos em que há forte suspeita de irregularidades.


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A fiscalização envolve a Marinha do Brasil, através do Grupamento de Patrulha Naval Sul Sudeste, o Instituto Brasileiro de Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a Polícia Federal (PF) e a Receita Federal, além da Polícia Militar Ambiental, da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), e da Autoridade Portuária de Santos.


No total, cinco embarcações e um avião foram destacados para os trabalhos. E, apenas na quinta, 22 cargueiros foram flagrados com porões abertos, o que pode ser um indício de descarte irregular de resíduos no mar. “Como na quarta-feira foram encontrados 18 navios desse jeito, é possível que alguns se repitam. Mas parece ser uma prática, parece que estavam limpando mesmo. Por isso, vamos abordá-los, desta vez, para analisar os registros”, explicou a agente ambiental federal Ana Angélica Alabarce, responsável pelo Ibama na região.


Ela ainda apontou outros dois casos de navios atracados que deverão ser investigados, já que há indícios de irregularidades ambientais. “A ação acabou, agora vamos reunir os dados, as fotos e avaliar. Mas não significa que não vamos mais inspecionar. Estamos com a relação e, mesmo que essas embarcações deixem o porto, quando elas voltarem nós vamos vistoriá-las”.


Nesta quinta, uma equipe em terra ainda visitou quatro agências de navegação. Nessas abordagens, o objetivo é avaliar documentos das embarcações e de empresas contratadas. “Se não pegarmos nada, ótimo. Pelo menos é um sinal de que entraram no eixo. E tem gente que está com medo, então vão fazer a coisa certa”, afirmou Ana Angélica.


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