Portuários de Santos não entram em acordo sobre greve por vacina contra Covid-19

Nova rodada de discussões de sindicatos e federações será em 1º de junho

Por: Fernanda Balbino  -  12/05/21  -  10:19
   Portuários pressionam governo a divulgar calendário de vacinação contra a Covid-19 da categoria
Portuários pressionam governo a divulgar calendário de vacinação contra a Covid-19 da categoria   Foto: Alexsander Ferraz/AT

Após quase 7 horas de debates, o movimento nacional dos portuários não chegou a um consenso sobre uma greve da categoria pela vacina contra a covid-19. Agora, uma nova rodada de discussões foi marcada para o próximo dia 1º. Enquanto isso, sindicatos que representam trabalhadores do Porto de Santos pretendem estudar paralisação de 24 horas.


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A ideia é pressionar o Governo Federal a divulgar um calendário de vacinação da categoria. Para isto, as entidades devem realizar uma assembleia local, em uma data que ainda será definida.


Em Santos, o movimento é coordenado pela Unidade Portuária, entidade que reúne os sindicatos representantes de trabalhadores do cais santista. Além dos estivadores, participaram as demais categorias de avulsos, que incluem operários, vigias, consertadores, além dos funcionários da administração portuária.


Ontem, uma reunião virtual proposta pela Federação Nacional dos Portuários (FNP), Federação Nacional dos Estivadores (FNE) e pela Federação Nacional dos Conferentes e Consertadores de Carga e Descarga, Vigias Portuários, Trabalhadores de Bloco, Arrumadores e Amarradores de Navios, nas Atividades Portuárias (Fenccovib), debateu o tema.


“Depois de amplo debate, a decisão ficou para 1º de junho. Santos vai reavaliar a discussão. A plenária não decidiu nada, mas a Unidade Portuária vai marcar uma reunião pra discutir essa paralisação”, afirmou o presidente do Sindicato dos Empregados na Administração Portuária (Sindaport), Everandy Cirino dos Santos.


Na semana passada, um protesto em frente à sede da Autoridade Portuária de Santos (APS) marcou o movimento no cais santista. Mesmo assim, União, Estado e município ainda não apresentaram um plano para a categoria.


Atos semelhantes foram realizados em vários complexos portuários do País. Entre eles, estão portos localizados no Rio de Janeiro, no Rio Grande do Norte, na Bahia e em Santa Catarina, o que amplia a pressão sob o Governo Federal. Isto porque, em janeiro, o Ministério da Saúde incluiu os trabalhadores portuários no grupo prioritário de vacinação contra a covid-19. Porém, até agora, não foi divulgado um calendário de vacinação.


“Vamos esperar a vacinação até dia 31 de maio que foi o prazo falado pelo governo. Caso não sejamos vacinados, dia 1º de junho, outra reunião será feita pra deliberarmos outra mobilização nacional mais robusta”, afirmou o presidente do Sindicato dos Estivadores de Santos e Região (Sindestiva), Bruno Silva.


Vacinados


Entre os trabalhadores do Porto de Santos, apenas os guardas foram vacinados, após protestos semelhantes aos que foram realizados na semana passada. O motivo é que a Guarda Portuária está inserida no Sistema Único de Segurança Pública (Susp) e, por isso, terá direito à imunização no grupo prioritário que inclui policiais. A corporação também faz parte da Comissão Estadual de Segurança Pública nos Portos, Terminais e Vias Navegáveis (Cesportos).


Por isso, a vacinação ocorreu na sede do Comando de Policiamento do Interior (CPI-6). No mesmo local, foram imunizados os profissionais que atuam na segurança pública.


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