Setor portuário pede ampliação da vacinação contra covid-19 em Santos

Associação Comercial de Santos e entidades portuárias defendem imunização de outras categorias profissionais

Por: Fernanda Balbino  -  03/06/21  -  15:41
     Vacinação de profissionais portuários começou oficialmente na Baixada Santista na última terça-feira (1º)
Vacinação de profissionais portuários começou oficialmente na Baixada Santista na última terça-feira (1º)   Foto: Alexsander Ferraz/AT

Com o avanço da vacinação dos portuários contra a covid-19, o setor empresarial se mobiliza para estender a imunização aos demais trabalhadores do Porto de Santos. Agentes de navegação, vistoriadores e inspetores de navios, despachantes aduaneiros e fornecedores de itens de bordo estão na lista das categorias que ainda não foram contempladas.


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Em visita ao Porto de Santos há uma semana, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, garantiu que todos os trabalhadores portuários do País serão imunizados. Porém, segundo o Ministério da Saúde, ainda não há prazo para que novas remessas de vacinas sejam enviadas aos estados.


A Coalizão Empresarial Portuária, composta por seis entidades representativas do setor, enviou ofício ao secretário nacional de Portos e Transportes Aquaviários, Diogo Piloni, solicitando que também coloquem na prioridade de vacinação todos os que atuam em centros logísticos industriais aduaneiros (Clias), além de agentes marítimos, fornecedores de bordo e outros profissionais em atividades correlatas, nos municípios portuárias.


“Esta foi uma formalização, por ofício, de algo que já estava sendo dialogado por telefone e e-mail. Sabemos que depende da disponibilidade de vacinas, mas é preciso destacar que grande parcela de profissionais de atividades correlatas frequenta área portuária e tem contato com os demais trabalhadores”, afirmou o presidente da Federação Nacional das Operações Portuárias (Fenop), Sérgio Aquino.


A mesma questão foi levantada pela Associação Comercial de Santos (ACS). A entidade recorreu ao Conselho de Autoridade Portuária (CAP) de Santos. Segundo o presidente da ACS, Mauro Sammarco, além de grave desigualdade de tratamento, a não imunização dos envolvidos na atividade portuária coloca em risco o bom desempenho das operações.


“A não inclusão desse contingente, exposto aos mesmos riscos e ambiente em que se inserem os portuários, expõe os profissionais de várias categorias elencadas à possibilidade de contaminação e de se tornarem vetores passíveis de disseminarem agressivas cepas do coronavírus oriundas do exterior”, destacou o presidente da ACS em ofício enviado à presidente do CAP, Flavia Takafashi.


Agentes de navegação


Para o diretor-executivo do Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado de São Paulo (Sindamar), José Roque, é importante incluir a categoria no grupo prioritário. A entidade enviou o pleito ao Ministério da Infraestrutura e à Secretaria Nacional de Portos e Transportes Aquaviários da pasta.


“Em razão das peculiaridades dessa atividade, os colaboradores das empresas de agenciamento marítimo estão em contato permanente e obrigatório com pessoas oriundas de quase todos os países do mundo e, paralelamente, com a população das cidades da Baixada Santista”, destacou Roque.


Porém, diante da grande quantidade de agentes, são mais de 2 mil atuando em Santos, o Sindamar pediu a priorização da imunização dos profissionais visitadores de navios e da área operacional, já que podem ser vetores para os trabalhadores das áreas administrativa, comercial e logística das empresas.


“Esperamos que as autoridades de saúde possam avaliar essa situação e considerar o nosso segmento econômico como essencial, já que, por ora, contamos somente com a compreensão e solidariedade da Autoridade Portuária”, afirmou Roque.


Mauro Sammarco


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