SUDESTE EXPORT: AUTORIDADES DESTACAM CONTRIBUIÇÃO DA PRATICAGEM

Diogo Piloni abre o Sudeste Export

O secre­tá­rio naci­o­nal de Portos e Transportes Aquaviários, Diogo Piloni, elo­gi­ou, duran­te o Sudeste Export, a con­tri­bui­ção da Praticagem do Brasil nos resul­ta­dos que o setor por­tuá­rio vem alcan­çan­do, baten­do recor­des de movi­men­ta­ção de car­ga mes­mo na pan­de­mia. O even­to foi rea­li­za­do, nos dias 6 e 7 de julho, no audi­tó­rio da Receita Federal, no Centro do Rio de Janeiro, sen­do o pri­mei­ro das edi­ções regi­o­nais do Fórum Nacional de Logística e Infraestrutura Portuária (Brasil Export). 

– A pra­ti­ca­gem rea­li­za um tra­ba­lho feno­me­nal, super elo­gi­a­do na qua­li­da­de do ser­vi­ço pres­ta­do. E os inves­ti­men­tos que a ati­vi­da­de tem fei­to, em equi­pa­men­tos e melho­ri­as das con­di­ções de tra­ba­lho dos prá­ti­cos, con­tri­bu­em na oti­mi­za­ção do prin­ci­pal ati­vo do por­to, que são os seus canais de aces­so, ati­vo mais caro, mais escas­so e que deman­da recur­sos públi­cos e da pró­pria Autoridade Portuária com dra­ga­gens – afir­mou Piloni. 

O dire­tor-pre­si­den­te da Docas do Rio de Janeiro, Francisco Antonio de Magalhães Laranjeira, citou três con­quis­tas recen­tes que con­ta­ram com a par­ti­ci­pa­ção ati­va da Praticagem do Rio de Janeiro:

– A pra­ti­ca­gem foi nos­sa par­cei­ra na nave­ga­ção notur­na do Canal de Cotunduba, par­ti­ci­pan­do dos estu­dos e dis­cu­tin­do inten­sa­men­te para che­gar­mos a um deno­mi­na­dor comum e poder ope­rar à noi­te. Com o cala­do dinâ­mi­co (tec­no­lo­gia implan­ta­da pio­nei­ra­men­te pela pra­ti­ca­gem em São Paulo), espe­ra­mos aumen­tar o cala­do dos navi­os e ampli­ar as jane­las ope­ra­ci­o­nais. Já com o VTMIS (Sistema de Informação e Gerenciamento do Tráfego de Embarcações), vamos fazer um acor­do de coo­pe­ra­ção téc­ni­ca, de for­ma que seja um bac­kup do cen­tro de ope­ra­ções da pra­ti­ca­gem, e vice-ver­sa. É um jogo de ganha-ganha, com todos tra­ba­lhan­do na mes­ma direção.

O capi­tão dos Portos do Rio de Janeiro, Ricardo Jaques Ferreira, dis­se que a reu­nião men­sal do gru­po for­ma­do por Autoridade Marítima, Autoridade Portuária e pra­ti­ca­gem tem sido fun­da­men­tal para os avan­ços obti­dos nas ati­vi­da­des do Porto do Rio, “sem­pre res­pei­tan­do os limi­tes de segu­ran­ça”. Segundo ele, o pró­xi­mo fru­to des­sa união de esfor­ços será a homo­lo­ga­ção dos con­têi­ne­ros de 366 metros:

– Fizemos sete entra­das de embar­ca­ções com cala­do de 13,80 metros e já auto­ri­za­mos um pro­ces­so de dra­ga­gem para que pos­sa­mos pas­sar a 14,20 metros. Tudo isso só acon­te­ce por cau­sa da reu­nião perió­di­ca des­se gru­po de trabalho.

O dire­tor-pre­si­den­te da Docas do Espírito Santo (Codesa), Julio Castiglioni, tam­bém des­ta­cou a rele­vân­cia da pra­ti­ca­gem na obten­ção de ganhos de cala­do. Em 2020, após uma dra­ga­gem de apro­fun­da­men­to e a ins­ta­la­ção de nova sina­li­za­ção náu­ti­ca, o Porto de Vitória ini­ci­ou as mano­bras de tes­te para che­gar ao cala­do de 12,5 metros. 

– A Praticagem do Espírito Santo é reco­nhe­ci­da pelo alto grau téc­ni­co. A pró­pria com­plei­ção do Porto de vitó­ria exi­ge um conhe­ci­men­to mui­to espe­cí­fi­co que não é facil­men­te subs­ti­tuí­vel, e que a pra­ti­ca­gem domi­na. Por isso, todas as deci­sões impor­tan­tes em assun­tos como dra­ga­gem, sina­li­za­ção, mano­bras notur­nas e de tes­te são toma­das sem­pre ouvin­do a Marinha, obvi­a­men­te, e a pra­ti­ca­gem, sob pena de não con­se­guir­mos fazer – afir­mou o dire­tor-pre­si­den­te da Codesa.

O dire­tor-pre­si­den­te da Santos Port Authority (SPA), Fernando Biral, par­ti­ci­pou vir­tu­al­men­te do pai­nel do Sudeste Export sobre deses­ta­ti­za­ção, pro­ces­so em cur­so nos por­tos de Santos e Vitória, mais adi­an­ta­do. Ele defen­deu a cri­a­ção de meca­nis­mos, na pri­va­ti­za­ção, para evi­tar o con­fli­to de um con­ces­si­o­ná­rio que tenha inte­res­se dire­to na operação. 

Arionor Souza
Arionor Souza

O últi­mo pai­nel teve a mode­ra­ção do secre­tá­rio exe­cu­ti­vo do Conselho Nacional de Praticagem (Conapra), Arionor Souza, e deba­teu a rela­ção por­to-cida­de. Ele lem­brou a impor­tân­cia do tra­ba­lho da pra­ti­ca­gem para a sociedade.

Na aber­tu­ra do even­to, o dire­tor de Portos e Costas da Marinha, vice-almi­ran­te Alexandre Cursino de Oliveira, elo­gi­ou a atu­a­ção do setor por­tuá­rio na pandemia: 

– O Brasil sou­be, por meio do binô­mio por­to-navio, mos­trar a sua efi­ci­ên­cia, robus­tez e capa­ci­da­de de ultra­pas­sar este momen­to difí­cil. Por nos­sos por­tos, foram impor­ta­dos os insu­mos que pre­ci­sa­mos e expor­ta­dos os nos­sos pro­du­tos agrí­co­las e industriais. 

O secre­tá­rio Diogo Piloni com­ple­men­tou, para­be­ni­zan­do as pes­so­as por trás da engre­na­gem portuária:

– Não pode­mos esque­cer dos tra­ba­lha­do­res aqua­viá­ri­os, marí­ti­mos, por­tuá­ri­os e flu­viá­ri­os que não se fur­ta­ram em momen­to algum de suas fun­ções, enten­den­do a sua essen­ci­a­li­da­de para o país.

Além do secre­tá­rio exe­cu­ti­vo Arionor Souza, esti­ve­ram pre­sen­tes o dire­tor do Conapra e prá­ti­co de Rio Grande, João Bosco; o con­se­lhei­ro do Sudeste Export e prá­ti­co de São Paulo, Hermes Bastos Filho; o prá­ti­co do RJ, Everton Schmidt; e o geren­te da Praticagem de SP, Alexandre Canhetti.